No dia 17 de dez de 2011, com a presença do publico marcante e as participações especiais:
Para ver e ouvir:
Ao Vivo - Bambuzero na Praça do Coco
Bambuzero - Um Furo mais Seis...Melodiô!
A arte dos pífanos de bambu como manifesto da tranformação e celebração de nossa Cultura Popular. Um nova geração chegando neste terreiro, trazendo as boas novas em canções inspiradas na Natureza, na Libertação e no Amor Maior que nos faz evoluir sobre esta abençoada Terra.
sexta-feira, 23 de março de 2012
domingo, 20 de novembro de 2011
Um furo mais seis... Melodiô
Em novembro de 2010, saiu o resultado do "Prêmio PROAC-SP-Gravação de disco inédito". Nossa proposta sonora foi escolhida entre tantas outras. Eita coisa boa! Felicidade e responsa. Benção que rendeu muito trabalho neste ano de 2011. Uma longa dedicação desde Fevereiro na caverninha do estudio 'Venta Moinho', com João Arruda (técnico de gravação, cantador e violeiro) fazendo frente com Ton Almeida na direção deste trabalho que se apresenta desde já. Oh Jah Jah.
O Lançamento oficial esta previsto pra dia 17 de dezembro, na "Praça do Coco de Barão Geraldo" em Campinas-sp.
As músicas trazem a diversidade rítmica marcada pelo couro da caixa, baixo e percussão, juntamente com a sonoridade "in pareia" dos pífanos de bambu, harmonisados pelos acordes do violão e da sanfona. As vozes se dividem em masculinas e femininas, cantando os versos e se unindo em coros, na paisagem forte de elementos da natureza e de nossa libertação.
Alguns amigos e convidados especiais estiveram presentes nessa bambuzagem musical.
À eles toda gratidão!
Carol Ladeira, Marcelo Faleiros, Adriel Job, Léa Freire, João Arruda, Mestre Lumumba, Glória Cunha, Vilma Ribeiro, TC e Felipe Damas (casa tainã), Bruno Rossa e Maria José, Fabinho da Rabeca, Jucelma Araujo, Clarice Isoldi e Wony, Lili Villela...se faltou alguém depois eu atualizo!!
Toda grandeza deste encontro de quem é bambuzus com Ton na voz e pífanos,Bel nos pífanos e coro, Flaflu no violão e voz, a Ju na caixa de couro e voz, o Rafa sanfoneiro, a Bia na percussão e vocal, tem a Dara na percussa e voz fechando com nosso amigo convidado, Rodolfo no baixo.
Algumas faixa vc poderá ouvir aqui:
http://soundcloud.com/bambuzero2012
O Lançamento oficial esta previsto pra dia 17 de dezembro, na "Praça do Coco de Barão Geraldo" em Campinas-sp.
As músicas trazem a diversidade rítmica marcada pelo couro da caixa, baixo e percussão, juntamente com a sonoridade "in pareia" dos pífanos de bambu, harmonisados pelos acordes do violão e da sanfona. As vozes se dividem em masculinas e femininas, cantando os versos e se unindo em coros, na paisagem forte de elementos da natureza e de nossa libertação.
Alguns amigos e convidados especiais estiveram presentes nessa bambuzagem musical.
À eles toda gratidão!
Carol Ladeira, Marcelo Faleiros, Adriel Job, Léa Freire, João Arruda, Mestre Lumumba, Glória Cunha, Vilma Ribeiro, TC e Felipe Damas (casa tainã), Bruno Rossa e Maria José, Fabinho da Rabeca, Jucelma Araujo, Clarice Isoldi e Wony, Lili Villela...se faltou alguém depois eu atualizo!!
Toda grandeza deste encontro de quem é bambuzus com Ton na voz e pífanos,Bel nos pífanos e coro, Flaflu no violão e voz, a Ju na caixa de couro e voz, o Rafa sanfoneiro, a Bia na percussão e vocal, tem a Dara na percussa e voz fechando com nosso amigo convidado, Rodolfo no baixo.
Algumas faixa vc poderá ouvir aqui:
http://soundcloud.com/bambuzero2012
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Dos Pifes em Pareia às Canções do Vento
Ton Almeida e Bel Isoldi, se conheceram em 2008 em Barão Geraldo, Campinas-SP. Ele chegando de Curitiba-PR com um trabalho de reggae raiz, juntamente com o grupo GAIAPIÁ e ela integrante do GRUPO DE PÍFANOS FLAUTINS MATUÁ.
Após idas e vindas, em outubro do mesmo ano os dois de afinam e se casam na proposta de viver junto e tocar os pifes em parêia (dueto).
Após idas e vindas, em outubro do mesmo ano os dois de afinam e se casam na proposta de viver junto e tocar os pifes em parêia (dueto).
Desenvolvendo composições instrumentais junto com interpretações, os dois foram firmando a nova sonoridade. Nascia assim o BAMBUZERO.
As músicas trazem a diversidade rítmica brasileira, com as manifestações do baião, samba, xote, boi, maracatu, capoeira, reggae. No diálogo com o contemporâneo, os arranjos contam com a harmonia do violão e sanfona junto com a percussão e as vozes.
Algumas canções nasceram instrumentais e mais tarde ganharam letra , finalizando a composição. São melodias que vem de fragmentos de cantos de pássaros e memórias de outros tempos mescladas com a pura inspiração que produz o som do bambu.
Nas mensagens poetisadas, passam percebidas a integração com a natureza sobre sol maior, a pureza da criança, a fertilidade e intuição feminina, os ciclos terrestres naturais, o resgate com a ancestralidade, a chegança na originalidade brasileira, e também a reflexão sobre condutas e valores modernos que ameaçam o equilibrio da humanidade.
O grupo veio se moldando até chegar a sua forma atual. O som se completa com: Bia Porto, percussão e voz; Ju Vergueiro bumbo e voz; Flávio Machado, violão e voz; e Rafael Vanazzi, sanfona.
O grupo veio se moldando até chegar a sua forma atual. O som se completa com: Bia Porto, percussão e voz; Ju Vergueiro bumbo e voz; Flávio Machado, violão e voz; e Rafael Vanazzi, sanfona.
Rafael é músico com formação pela Unicamp, regente de coral e professor de piano.
Este encontro é guiado pela força musical das raízes da nossa cultura brasileira num olhar atento da nova geração.
Bambuzero se apresenta!
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Viva os mestres
Banda de Pífanos de Caruaru - Biografia
O som do mouro-indígena
No começo dos anos 70 a aparição de duas músicas da Banda de Pífanos de Caruaru na trilha sonora dos filmes "Terra sem Deus " e "Faustão" marcaram a incursão deste gênero na indústria fonográfica brasileira. Até então nenhum grupo de pífanos tinha gravado seus rupestres toques, seja em disco 78 rpm ou LP.
Tendo os irmãos Sebastião e Benedito Biano como arrimo, o grupo é hoje o mais importante no gênero, com apresentações em importantes festivais na Europa. Para entender a tradição da família Biano, o navegador viaja até o ano de 1924, no sertão alagoano, um ano após da prisão de Antônio Silvino, o cangaceiro mais famoso da época.
Nesta data, um caboclo chamado Manoel Clarindo Biano, casado com Dona Maria Pastora da Conceição, cabôca qui nem ele, herdou de seu pai quatro instrumentos: um bombo(tambor afinado a corda.) um prato e dois pífanos de taboca.
Mais do que os instrumentos, entretanto, seu Manuel herdava a obrigação de não deixar morrer a tradicional Zabumba Cabaçal, criada por seu avô, e que seu pai preservava com todo o carinho. Tratou logo de ensinar os antigos toques-muito dos quais aprendidos com os índios-aos filhos Sebastião, de 5 anos, e Benedito, de 11. Recrutou depois o amigo Martinho Grandão pra assumir a caixa e o próprio Manoel se ocupou do bombo.
Seus toques sincopados, ricos em melodia e de atmosfera pastoril ecoavam pelas rifas, casórios, novenas, enterros, missas e o que viesse. A família Biano percorreu quase todo o sertão entre as Alagoas e Pernambuco procurando bons lugares para se instalar. Os instrumentos iam sempre no lombo de algum animal e paravam em qualquer arraial que tivesse feira para descolar uns trocos.
Nessa pisada mambembe foram bater lá na região do agreste pernambucano, em Caruaru, a capital do forró que os consagraria. Chegaram em 15 de julho de 1939, e foram morar em Contendo, nas proximidades da zona urbana. Por lá continuaram com seus shows, já sob o nome de Zabumba dos Contendo.
O ano de 55 registraria a perda do patriarca Manoel Biano. Em suas últimas horas, pediu aos seus dois filhos que honrassem a tradição de seus antepassados e se juntassem aos familiares Luiz, de 9 anos, Amaro, de 10 anos, (filhos de Sebastião) Gilberto, de 15 anos, e João, de 11 anos (filhos de Benedito) e formassem uma nova bandinha, prontamente batizada com o nome de Banda de Pífanos de Caruaru.
Após a saída de Luiz, a banda ficou assim formada: 1º pífano: Sebastião, 2º pífano: Benedito, surdo - Amaro, tarol- Gilberto pratos -José e bombo - João, este último, de 8 anos, substituindo Luiz.
Eles que afinem, pelo meu instrumento
Mas as coisas só iam acontecer mesmo após Gilberto Gil em suas andanças e pesquisas tropicalistas "descobrir" a banda e gravar o tema Pipoca Moderna , de Sebastião Biano em parceria com Caetano Veloso. Até então viviam em uma roça próxima a Caruaru, onde subsistiam plantando mandioca e feijão.
Após o resgate, feito em 72, a Banda de Pífanos grava o seu primeiro, LP, intitulado "Banda de Pífano Zabumba Caruaru".
No mesmo ano em que gravam o primeiro disco se transferem para São Paulo, onde foram convidados a soprar seus pífanos em documentários, espetáculos e discos de outros artistas. Benedito era analfabeto e fabricava seus próprios pífanos. Quando tocava em espetáculos sempre dizia: "eles que afinem pelo meu instrumento, porque aqui entre nós é proibido se meter a entender de escala".
No ano seguinte, continuaram se apresentando em São Paulo e gravaram "Bandinha de Pífano Zabumba Caruaru, VOL 2", CBS. A inspiração tiravam da vivência sertaneja; o ronco remoente do carro de boi, o canto do bem-te-vi, brigas entre bichos, todos os motivos alegóricos do Nordeste vociferavam pelas suas rupestres flautas.
A origem dos pífanos remonta aos beduínos orientais e berberes norte-africanos, que legaram aos colonizadores nos 800 anos de dominação na Ibéria este formato, logo copiado por toda Europa.
Até o final da década de 70, se apresentaram na Suíça e pelas capitais brasileiras sendo o destaque do Projeto Pixinguinha, em 74. Só viriam a gravar novamente em 78, pela Continental/Musicolor. Para sobreviver faziam os mais diversos bicos, inclusive camelô.
Influenciariam grupos como Quinteto Violado, Alceu, Valença, Orquestra Armorial e outros. Nunca ficaram ricos e sempre reclamaram que não receberam o justo.
No repertório do grupo, figuravam temas do folclore nordestino -"A briga do cachorro com a onça"- canções próprias,- Bianada na Roça - até temas mais recentes como Feira de Mangaio (de Sivuca e Glorinha Gadelha).
No biênio 79/80 a bandinha assinaria contrato com a Discos Marcus Pereira, selo responsável por um dos melhores documentários em vinil, a série "Música Popular Brasileira", editada em 16 volumes (cada região com quatro volumes) Dois discos foram lançados neste período: "Banda de Pífanos de Caruaru", de 79 e "A Bandinha vai tocar", de 80.
Nos próximos 19 anos a indústria cultural brasileira deixaria o grupo no jejum, restando a eles aparições esporádicas ou vinculadas ao calendário de festas junino.
http://www.minhahistoria.com.br/pifanos/
No começo dos anos 70 a aparição de duas músicas da Banda de Pífanos de Caruaru na trilha sonora dos filmes "Terra sem Deus " e "Faustão" marcaram a incursão deste gênero na indústria fonográfica brasileira. Até então nenhum grupo de pífanos tinha gravado seus rupestres toques, seja em disco 78 rpm ou LP.
Tendo os irmãos Sebastião e Benedito Biano como arrimo, o grupo é hoje o mais importante no gênero, com apresentações em importantes festivais na Europa. Para entender a tradição da família Biano, o navegador viaja até o ano de 1924, no sertão alagoano, um ano após da prisão de Antônio Silvino, o cangaceiro mais famoso da época.
Nesta data, um caboclo chamado Manoel Clarindo Biano, casado com Dona Maria Pastora da Conceição, cabôca qui nem ele, herdou de seu pai quatro instrumentos: um bombo(tambor afinado a corda.) um prato e dois pífanos de taboca.
Mais do que os instrumentos, entretanto, seu Manuel herdava a obrigação de não deixar morrer a tradicional Zabumba Cabaçal, criada por seu avô, e que seu pai preservava com todo o carinho. Tratou logo de ensinar os antigos toques-muito dos quais aprendidos com os índios-aos filhos Sebastião, de 5 anos, e Benedito, de 11. Recrutou depois o amigo Martinho Grandão pra assumir a caixa e o próprio Manoel se ocupou do bombo.
Seus toques sincopados, ricos em melodia e de atmosfera pastoril ecoavam pelas rifas, casórios, novenas, enterros, missas e o que viesse. A família Biano percorreu quase todo o sertão entre as Alagoas e Pernambuco procurando bons lugares para se instalar. Os instrumentos iam sempre no lombo de algum animal e paravam em qualquer arraial que tivesse feira para descolar uns trocos.
Nessa pisada mambembe foram bater lá na região do agreste pernambucano, em Caruaru, a capital do forró que os consagraria. Chegaram em 15 de julho de 1939, e foram morar em Contendo, nas proximidades da zona urbana. Por lá continuaram com seus shows, já sob o nome de Zabumba dos Contendo.
O ano de 55 registraria a perda do patriarca Manoel Biano. Em suas últimas horas, pediu aos seus dois filhos que honrassem a tradição de seus antepassados e se juntassem aos familiares Luiz, de 9 anos, Amaro, de 10 anos, (filhos de Sebastião) Gilberto, de 15 anos, e João, de 11 anos (filhos de Benedito) e formassem uma nova bandinha, prontamente batizada com o nome de Banda de Pífanos de Caruaru.
Após a saída de Luiz, a banda ficou assim formada: 1º pífano: Sebastião, 2º pífano: Benedito, surdo - Amaro, tarol- Gilberto pratos -José e bombo - João, este último, de 8 anos, substituindo Luiz.
Eles que afinem, pelo meu instrumento
Mas as coisas só iam acontecer mesmo após Gilberto Gil em suas andanças e pesquisas tropicalistas "descobrir" a banda e gravar o tema Pipoca Moderna , de Sebastião Biano em parceria com Caetano Veloso. Até então viviam em uma roça próxima a Caruaru, onde subsistiam plantando mandioca e feijão.
Após o resgate, feito em 72, a Banda de Pífanos grava o seu primeiro, LP, intitulado "Banda de Pífano Zabumba Caruaru".
No mesmo ano em que gravam o primeiro disco se transferem para São Paulo, onde foram convidados a soprar seus pífanos em documentários, espetáculos e discos de outros artistas. Benedito era analfabeto e fabricava seus próprios pífanos. Quando tocava em espetáculos sempre dizia: "eles que afinem pelo meu instrumento, porque aqui entre nós é proibido se meter a entender de escala".
No ano seguinte, continuaram se apresentando em São Paulo e gravaram "Bandinha de Pífano Zabumba Caruaru, VOL 2", CBS. A inspiração tiravam da vivência sertaneja; o ronco remoente do carro de boi, o canto do bem-te-vi, brigas entre bichos, todos os motivos alegóricos do Nordeste vociferavam pelas suas rupestres flautas.
A origem dos pífanos remonta aos beduínos orientais e berberes norte-africanos, que legaram aos colonizadores nos 800 anos de dominação na Ibéria este formato, logo copiado por toda Europa.
Até o final da década de 70, se apresentaram na Suíça e pelas capitais brasileiras sendo o destaque do Projeto Pixinguinha, em 74. Só viriam a gravar novamente em 78, pela Continental/Musicolor. Para sobreviver faziam os mais diversos bicos, inclusive camelô.
Influenciariam grupos como Quinteto Violado, Alceu, Valença, Orquestra Armorial e outros. Nunca ficaram ricos e sempre reclamaram que não receberam o justo.
No repertório do grupo, figuravam temas do folclore nordestino -"A briga do cachorro com a onça"- canções próprias,- Bianada na Roça - até temas mais recentes como Feira de Mangaio (de Sivuca e Glorinha Gadelha).
No biênio 79/80 a bandinha assinaria contrato com a Discos Marcus Pereira, selo responsável por um dos melhores documentários em vinil, a série "Música Popular Brasileira", editada em 16 volumes (cada região com quatro volumes) Dois discos foram lançados neste período: "Banda de Pífanos de Caruaru", de 79 e "A Bandinha vai tocar", de 80.
Nos próximos 19 anos a indústria cultural brasileira deixaria o grupo no jejum, restando a eles aparições esporádicas ou vinculadas ao calendário de festas junino.
http://www.minhahistoria.com.br/pifanos/
Os mestres resistem e insistem. Sebastião hoje com 90 anos continua a tocar seu pife, na fé que seus olhos demonstram.
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